Fórmula do Cofrinho

O que é a taxa Selic e por que devemos nos atentar para os nossos investimentos?

Mulher com a mão na boca indicando dúvida

 

Muito se fala da taxa Selic, porém há certa dificuldade em compreender o que é e como ela afeta nossa economia, diretamente no nosso dia a dia e nos investimentos. Para isso, vamos entender o básico sobre a taxa Selic!

A Selic é a taxa de referência da economia, que influencia diretamente outras taxas de juros no país, incluindo aquelas aplicadas em empréstimos, financiamentos, parcelamentos de cartões de crédito e investimentos financeiros. Basicamente, é a taxa básica de juros do Brasil.

Ela é o principal meio utilizado pelo Banco Central (BC) para o controle da inflação no país, servindo como base para cálculos de financiamentos, cheque especial, empréstimos e, claro, nossos queridos investimentos.

Exemplo prático de um empréstimo pessoal com a taxa Selic

 

Moedas com níveis diferentes com uma planta florescendo indicando crescimento

Imagine que você tomou um empréstimo pessoal de R$ 10.000,00, com a taxa de juros atrelada à Selic. Suponha que a Selic esteja em 12% ao ano e o banco cobre 2% acima da Selic, resultando em uma taxa de 14% ao ano.

Cálculo:
Se o prazo de pagamento for de 1 ano (12 meses), a fórmula para calcular os juros seria:

Fórmula de Juros Simples:
J = P × i × t

Onde:

  • J = Juros
  • P = Valor principal (R$ 10.000,00)
  • i = Taxa de juros anual (14% ou 0,14)
  • t = Tempo (1 ano)

J = 10.000 × 0,14 × 1 = R$ 1.400,00

O total a ser pago ao final do período seria:
Total = P + J = R$ 10.000,00 + R$ 1.400,00 = R$ 11.400,00.

Em suma, a alta da taxa Selic é ruim para quem precisa de empréstimos ou financiamentos, pois os juros serão maiores. Por outro lado, quem investe tende a obter um retorno maior, já que os investimentos também são baseados na taxa Selic.

Quando a taxa Selic está baixa, é o momento ideal para realizar financiamentos e empréstimos, pois os juros serão menores. No entanto, para os investidores, o retorno tende a ser mais baixo em comparação a um cenário de Selic elevada.

Quais investimentos estão atrelados à taxa Selic?

 

Dinheiro caindo em cima de um porco cofrinho

Diversos investimentos são baseados na taxa Selic, como o famoso Tesouro Selic, também conhecido como Tesouro Direto, que é um dos investimentos mais seguros do Brasil.

Além disso, temos o CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), Fundos DI (Fundos de Renda Fixa DI), Poupança (Nova Poupança), Debêntures, LC (Letra de Câmbio), CRI e CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio), Previdência Privada – Planos de Renda Fixa, e Títulos de Renda Fixa Corporativos.

Todos esses são investimentos de renda fixa, nos quais o risco é menor e o retorno pode ser previsto no momento da aplicação, com base no valor investido, tempo e taxa de juros aplicada. São ideais para perfis conservadores que preferem evitar grandes riscos.

Vamos entender melhor o que cada um desses investimentos representa e como investir neles em nossos próximos artigos.

Como e quem define a taxa Selic? 

 

Reunião coorporativa com cinco pessoas

A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), um órgão vinculado ao Banco Central do Brasil (Bacen). Aproximadamente a cada 45 dias, ou 8 vezes ao ano, o Copom se reúne para definir a nova alíquota da taxa Selic.

Para isso, são analisados fatores como a inflação do país, o crescimento econômico, o valor da moeda brasileira em relação a outras moedas e condições externas que possam ter impacto. Após essa análise, ocorre uma votação entre os membros do Copom, e o resultado é anunciado. Posteriormente, a Ata do Copom é publicada, fornecendo detalhes aprofundados sobre as discussões da reunião, no site do Banco Central.

A taxa Selic, na data desta postagem, está em 10,75%, após a última reunião realizada em 18 de setembro de 2024.

Para o ano de 2024, as próximas reuniões estão previstas para as seguintes datas:

  • 30 e 31 de janeiro
  • 19 e 20 de março
  • 07 e 08 de maio
  • 18 e 19 de junho
  • 30 e 31 de julho
  • 17 e 18 de setembro
  • 05 e 06 de novembro
  • 10 e 11 de dezembro

Por que a Selic é aumentada ou reduzida?

 

Gráfico com oscilações de crescimento

O principal objetivo é controlar a inflação e influenciar o crescimento econômico, garantindo que a inflação permaneça dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Quando a inflação está alta, o Banco Central aumenta a taxa Selic para conter o consumo e a demanda. Com juros mais altos, o custo de empréstimos e financiamentos aumenta, o que desestimula o consumo de bens e serviços, reduzindo a pressão sobre os preços e desacelerando a economia.

Quando a economia está em desaceleração ou recessão, o Banco Central pode reduzir a taxa Selic para tornar o crédito mais barato e acessível. Juros mais baixos incentivam o consumo e os investimentos empresariais, o que pode acelerar o crescimento econômico.

Essas mudanças afetam diretamente o preço dos alimentos, bens e serviços em geral, impactando mais do que imaginamos. Por isso, é importante ficar atento às atualizações da taxa Selic, especialmente se você for investidor.

Para entender mais sobre a inflação e como termos hábitos melhores para alcançar nossos objetivos, fique de olho em nossos demais artigos e comente o que achou do conteúdo!

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